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Cavalinha (Equisetum arvensis L.)

Nome Comum: Cavalinha

Nome Latino: Equisetum arvensis L.( e outras)

Familia:  Equisetáceas

N. Vulg.: Erva-canuda, Equiseto-dos-campos, cauda-de-cavalo, cavalinha-dos-campos, pinheirinha, rabo-de-asno, rabo-de-cavalo, rabo-de-touro (em Borba).

História: A Cavalinha faz parte da numerosa família das Equisetáceas, sendo conhecidas umas 30 espécies, distribuídas pelas diferentes floras do mundo. O Equisetum gigantum é considerado o maior, fazendo parte da flora da América do Sul.  Diz-se que os Romanos consumiam como verdura os rebentos da cavalinha, um costume que se manteve durante alguns séculos. Embora o seu sabor já não seja apreciado no Ocidente, os japoneses ainda comem os seus caules férteis.

Descrição/Habitat: Planta frequente em zonas húmidas e sombrias e em especial em zonas de influência marítima, de quase todo o território Continental. Esta planta existe em várias regiões de Portugal, quase em todo o país. Faz parte da flora da Europa, bem assim como do oriente (China, Japão) e Brasil.

Partes Utilizadas: Caule e folhas.

Composição Fotoquímica: Contém silício em grande quantidade, porém não tanto como a erva pulmonária (Pulmonária officinalis). São numerosos os sais que se encontram neste vegetal, como o ácido aconítico, o mesmo que ácido equisético. De um modo geral os equistáceos contêm sais de potássio, acido gálico, uma resina sílica, etc.
Os caules da cavalinha contêm alcalóides como nicotina, glicósidos e saponinas. A camada exterior contém um abundante de sílica, razão porque é um abrasivo natural, sendo este o motivo que nos fins do séc. XVI, o ervanário Gerard falou dela como sendo «o esfregão perfeito para a cozinha».

Propriedades Terapêuticas: Tuberculose e doentes dos ossos, ulcera gástrica e intestinal, perdas de sangue (recto, nariz, boca), nos casos de urina com sangue, nas pessoas que urinam com dificuldade. O Chá de cavalinha muito apreciado, para tratamento de cistites, calculoses, epsitaxis, descalcificação.

Fitoterapia: Planta fresca, infusão: 20 a 50 gramas por litro de água, depois de ferver 2 ou mais minutos. Para tomar três ou mais chávenas (xícaras) por dia. Também se usa o extracto fluído e o vinho.

Outras informações: A cavalinha, ou equiseto, ou cauda-de-cavalo, é um dos tipos de planta mais primitivos que sobrevive desde tempos remotos. A sua forma característica consiste num simples caule nodoso com verticilos de raminhos de cor verde-escura a intervalos regulares. É adstrigente e diurética, e a espécie silvestre é a mais utilizada medicinalmente para aliviar as afecções como a cistite, a incontinência e a prostatite, assim como para deter hemorragias. As infusões de folhas secas tornam o cabelo e as unhas mais fortes. No entanto, no geral, como pode causar reacções adversas, não se deve consumi-la durante muito tempo seguido.

Outros usos: Culinário: os caules verdes podem ser preparados para comer com verduras, mas são bastante insípidos. Medicinal: Diurético, é utilizado para tratar problemas de bexiga e rins; o seu uso tópico pode ajudar a curar feridas, aliviar eczemas e artrite. Cosmético: Tem um efeito adstrigente e curativo na pele mediante loções ou deitando-a na água do banho, sendo também um bom vigorante para o cabelo e unhas. Doméstico: É um bom polidor de metais natural.

Maria Gomes
Bibliografia: Medicina Popular – Tratamento pelas Plantas Medicinais, Autor: Professor Nunes, João Ribeiro; Os segredos das Plantas (fichas), edições: Planeta deAgostini.

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